domingo, 30 de novembro de 2008

CINEMA BRASILEIRO


Vejam abaixo um texto publicado no Jornal Alternativa, na segunda quinzena de 1991.

O cinema brasileiro sofreu algumas modificações na década de 1950. Foi o chamado "Cinema Novo".

O Cinema Novo foi um movimento de renovação nos seus aspectos éticos, econômicos e políticos. Os precursores "Rio 40 Graus" (1955) e "Rio Zona Norte" (1957) de Nelson Pereira dos Santos, surgiram como reação à mediocridade da "Chanchada" que era o gênero dominante. Tornou-se um movimento cultural a partir do primeiros filmes de Glauber Rocha, "Barra Vento" (1964) e "Deus e o Diabo na Terra do Sol". Glauber lançou raízes dessa tendência em seu livro citado acima.

Em sua melhor fase (até 1968), o Cinema Novo revelou importantes diretores, que fizeram alguns dos melhores filmes do nosso cinema: Rui Guerra, Carlos Diegues, Paulo Cesar Saraceni ("Porto as Caixas" e "O Desafio"), Joaquim Pedro de Andrade, Walter Lima Júnior ("Menino de Engenho"), Leo Hirszman ("AFalecida") e o próprio Nelson Pereira dos Santos.

São filmes realistas, de produção modesta, mas com alto rendimento estético, o que lhes valeu dezenas de prêmios em festivais internacionais. Sua temática, urbana ou rural, procurava aboradar de forma crítica os problemas sociais da chamada "Realidade Brasileira". No final dos anos de 1960, o movimento entrou em crise (a ditadura militar teve muito a ver com isso).

Conrado F.Campo e Ronaldo Pedroso

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