terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A semiótica da oficina cultura de Uberlândia

Por Kamilla Arruda e Ronaldo Pedroso



Oficina Cultura atualmente

Resumo

A Oficina Cultural de Uberlândia é um espaço dedicado a cursos voltados para a cultura, mantido pela prefeitura municipal. Entre os diversos cursos ministrados estão teatro, artesanato, música. Este trabalho busca fazer um estudo semiótico da Oficina e, para isso, mostra o contexto histórico do local, bem como os conceitos da Semiótica enquanto Teoria da Comunicação, para melhor análise e abordagem do assunto.

Palavras-chave: semiótica, oficina cultural, história, comunicação, signos.

Introdução

A Semiótica foi iniciada através do filósofo e lingüista suíço Ferdinand de Saussure, a partir de seus estudos sobre a lingüística. De acordo com ele, a linguística seria apenas uma parte da Semiótica, até então não considerada ciência. Charles Sanders Peirce, cientista, lógico, filósofo e matemático norte-americano também estudou a Semiótica como o estudo dos signos. Semiologia designa a teoria da linguagem e suas aplicações a diferentes conjuntos significantes. Saussure, a define como “a ciência que estuda o signo dentro do contexto social no qual está inserido.”
Para Saussure, “Signo é a união de significante e significado. É qualquer coisa que signifique alguma coisa para alguém. Em princípio tudo é signo. Entidade que pode tornar-se sensível para um grupo determinado de pessoas que o utilizam” (TEMER, NERY, 2009). Signo também pode ser entendido como qualquer coisa que signifique alguma coisa para alguém. Em princípio, tudo é signo. Entidade que pode tornar-se sensível para um grupo determinado de pessoas que o utilizam.
Para Coelho (1990), significante é a parte material do signo (o som que o conforma, ou os traços pretos sobre o papel formando uma palavra, ou traços de um desenho que representa, por exemplo, um cão). Significado é o conceito veiculado por essa parte material, seu conteúdo, a imagem mental por ela fornecida (por exemplo, cão – animal quadrúpede, mamífero da ordem dos carnívoros).
A análise semiótica da Oficina Cultural perpassa, de maneira irrefutável, pelo contexto histórico da entidade, seja por sua criação, estrutura arquitetônica, cursos ou importância social. Não se trata apenas de um prédio, mas todo o seu significado para a comunidade uberlandense, com suas tradições, cultura e história.

Contexto Histórico

A Oficina Cultural é constituída por um conjunto de construções do início do século XX, ligados a história da energia elétrica em Uberlândia. A primeira companhia foi criada em 1912 e recebeu o nome de Companhia de Força e Luz de Uberabinha. Em 1929 com a criação da Companhia Prada de Eletricidade, foi efetuada a compra da Cia Força e Luz e o imóvel de dois pavimentos situados na esquina da Praça Clarimundo Carneiro com Rua Tiradentes se transformou na administração da Cia Prada.
No mesmo período, o Coronel Clarimundo Fonseca Carneiro adquiriu um terreno ao lado, voltado para Rua Tiradentes, onde construiu sua residência. A construção dos dois imóveis é atribuída a Cipriano Del Fávero e Fernando Vilela. O conjunto é integrado por um pátio de três anexos: um construído no alinhamento do terreno voltado para a Praça Clarimundo Carneiro, outro nos fundos e o terceiro, entre este e a antiga residência.


Antiga casa que deu lugar ao prédio

De 1936 a 1973, funcionou como residência dos gerentes da Prada Eletricidade. Sendo que no pátio foi instalado um posto para o abastecimento dos veículos da firma, criado um anexo no fundo com instalações para oficina mecânica, uma marcenaria e uma carpintaria. Após 44 anos, em 1973, a CEMIG encampou a Prada Eletricidade fazendo com que a casa deixa-se de ter uso residencial para abrigar funções administrativas. Conforme a Lei Municipal nº. 4.217 de 15/10/1985 foi decretado o tombamento do “Prédio da Cemig”.


Companhia Força e Luz, 1929

A partir de 1993, todos os terrenos que compunham o conjunto, passaram a se constituir em um único imóvel, que foi adquirido pela Prefeitura Municipal em 1995 para ser ocupado pela Oficina Cultural de Uberlândia. Sendo a primeira Oficina Cultural de Minas Gerais, a Prefeitura adquiriu mobiliários, equipamentos especializados e desenvolveu com apoio da Construtora Encol e Tintas Coral, a primeira fase de reformas e adaptações, concluindo salas para aulas de dança, literatura, música e teatro, ateliês, galerias para exposições, auditório para palestras e sessões de vídeo, salas para administração e projeto paisagístico. Autorizando assim, o funcionamento imediato da Oficina Cultural de Uberlândia.
Na segunda fase de reforma, foi colocado a disposição do público um laboratório fotográfico, ateliês para cerâmica e complementação dos ateliês já em funcionamento para ampliação das atividades em artes plásticas. Para apresentações de dança, música e teatro a oficina possui um palco móvel localizado em sua área externa, permitindo realizações de espetáculos para um público estimado de mil pessoas.
O espaço tem programação versátil, voltado a promover ações e projetos de formação, qualificação e aperfeiçoamento do indivíduo e da comunidade, fomentando a experimentação em arte e cultura, utilizando diversas linguagens e técnicas, como artes plásticas, dança, artesanato, literatura, música, teatro, além de exibições de filmes, exposições e a realização de projetos permanentes e apoio à produção artística local.


Oficina Cultural em 2001

De acordo com Vera Lúcia, atual administradora da Oficina Cultural

“desde sua fundação o local realiza atividades e programações gratuitas, oferecendo sempre profissionais qualificados e atualizados. A prefeitura paga os professores para que eles ministrem as aulas, e possui um cronograma que pode ser comparado a qualquer outra Oficina Cultural do país. Os materiais necessários para o desenvolvimento das atividades ficam por conta do aluno e as vagas dos mini-cursos alem de serem limitadas é selecionada por idade.”

Cursos oferecidos

A Oficina Cultural supera a sua função de ser um local para a realização de curso para a comunidade, passando a ser base de formação cultural que se pode encontrar com gratuidade e qualidade na cidade. A Oficina também é o início, a base cultural para os seus freqüentadores. Posteriormente, eles poderão procurar mais conhecimento e aprofundamento nas técnicas ali aprendidas, e até mesmo mostrá-las em locais como a Casa da Cultura. Nesse caso, pode-se fazer outra análise: a de que a Oficina significa o “berço cultural”, os primeiros passos para a arte.

Para Temer e Nery (2009),

“linguagem é um sistema organizado de signos – apenas verbais ou escritos, mas também visuais, fisionômicos, sonoros, gestuais etc. – que possibilita a comunicação. É um recurso utilizado pelo ser humano para se comunicar e estabelecer vínculos de tempo e tipos de relações que mantém. É a linguagem que torna possível a instituição social e o sistema de valores.”

Portanto, os cursos oferecidos significam a disseminação da cultura e a inclusão social através dos mais diversos meios comunicacionais como dança, teatro, artesanato.
O projeto Anjos da Leitura festa gingando palavras Sarau e Capoeira (Projeto PMIC) traz para a população não só a leitura e a arte da capoeira, mas também reúne duas importantes atividades, que faz com que as pessoas possam combinar o conhecimento. Esse projeto transforma uma simples atividade em cultura a ser espalhada por aqueles freqüentadores, para seus amigos e familiares.
Os projetos de recitais de canto fazem mais do que ensinar o canto, mas dão oportunidade das pessoas se comunicarem em público. Os projetos de dança desenvolvem os movimentos, a sincronia e a sintonia com melodias que atinge o emocional das pessoas, assim levando a todos, sensibilidade e emoção.
O conceito de Significação é de “chave em redor do qual se organiza toda a teoria semiológica. Pressupõe sentido, não só sinais, mas signos emitidos e recebidos por seres humanos na base de um código, que leva a uma interpretação humana” (TEMER, NERY, 2009). Os projetos citados têm significação na comunicação e nos sentidos particulares de quem expressa as ações e de quem as acompanha, em um círculo inter-relacional, como na estrutura bilateral da Linguistica Estrutural, que apresenta-se sempre de forma dicotômica, ou seja, numa relação entre dois elementos.
Na Oficina Cultural, tem há o teatro, que mexe com a comunicação, a expressão corporal, gestual, entonação de voz, postura. Esse tipo de atividade não fica preso somente na arte, auxiliando a quem o pratica poder colocar tudo o que aprendeu no seu cotidiano, pois em qualquer ramo de atividade profissional é fundamental que se possua expressão, postura.
O cinema fornece uma linguagem diferenciada ao que se encontra no cotidiano, podendo criar um outro ângulo de visão sobre os próprios problemas. Para Temer e Nery (2009), o conceito de mensagem

“é a informação total comunicada quando um enunciado é utilizado em circunstâncias determinadas. Ou: é uma sequência de signos organizados de acordo com regras de combinação prévia e que um emissor transmite a um receptor por meio de um canal.”

O cinema apresenta então uma mensagem que pode alcançar lugares distantes, pois a arte se faz presente mesmo na ausência de que quem participou do processo de produção do filme, através de diversos canais difusores.
O artesanato além de ensinar uma atividade manual pode se transformar em um meio de renda das famílias. Todo material produzido, sejam telas, tapetes e derivados, pode ser vendido nas feiras que são realizadas o ano inteiro na cidade de Uberlândia. O papel social deste curso tem significado a diferença entre o sustento e a carência para muitas pessoas. Novamente entramos, sem nunca termos saído, na Semiótica, com seus Significantes e Significados.
O curso de alfabetização em Braille para deficientes visuais é muito mais do que ensinar pessoas, é fazer com que elas sintam-se mais próximas de toda a comunidade, que percebam que a deficiência visual não é um empecilho para viverem socialmente e profissionalmente. Ele aproxima toda uma sociedade àqueles que possuem a deficiência e acabam sendo discriminados, mostrando que não existem barreiras e que tabus devem ser quebrados. A inclusão social se faz presente através da comunicação, no caso o Braille, e seus significados econômicos, psicológicos e sociológicos.
Através da Oficina Cultural também se tem acesso ao ônibus-biblioteca, que leva a diversos bairros muito mais do que livros, leva cultura, informação, interatividade entre aqueles que participam do evento, aproximando dessa forma o conhecimento das pessoas que se localizam em bairros mais distantes.

Conclusão

A Oficina Cultural traz cultura, informação, arte, inclusão além de valorizar a vida das pessoas através de seus projetos. Todos os significados que dela extraímos e interpretamos se encontram com a sociabilidade e a qualidade de vida, fundamentais para qualquer pessoa.
Os cidadãos de Uberlândia têm esse direito e esse privilégio: o de contar com processos artísticos e comunicacionais da Oficina, vistos e estudados por Peirce e Saussure na Semiótica, para crescerem como seres humanos, com suas variáveis psicológicas e sociais.

Referências


COELHO, José Teixeira: Semiótica, informação e comunicação. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.
NÖTH, W.: Panorama da Semiótica: de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume, 1995.
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA: Inventário de Proteção do Acervo Cultural. Minas Gerais, Brasil.
QUEIROZ, A. J. M.: Sobre as 10 Classes de Signos de C.S.Peirce. Tese de Mestrado, inédita. PUC, 1997.
SANTAELLA, L.: A teoria geral dos signos: Como as linguagens significam as coisas. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
TEMER, A. C. R. P.; NERY, V.C.A.: Para entender as teorias da comunicação. 2.ed. Uberlândia: EDUFU, 2009. 206 p.
VERA LÚCIA: Entrevista concedida em 14 de dezembro de 2009.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Curso de representação cênica



Uma boa oportunidade para quem quer atuar na área da comunicação. Sempre confirmem as informações antes de qualquer investimento.

Novas Cruzadas - o jornal

O jornal Novas Cruzadas, assim como a reportagem de tv - disponível no endereço http://proculturaalternativa.blogspot.com/2009/10/novas-cruzadas-faculdade-catolica-de.html - foi desenvolvido através do Estágio para Correspondente em Assuntos Militares (ECAM) em meados de 2009. Confiram o trabalho realizado pelos acadêmicos de Jornalismo, lembrando que as matérias são de autoria e responsabilidade de quem as assina.















terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A história do bairro Cidade Jardim


O bairro Cidade Jardim foi o primeiro projeto dirigido de Uberlândia. Foram comprados 40 alqueires da fazenda Capim Branco, de Aldorando Dias de Souza, para lotear o bairro que, na primeira etapa, trazia infra-estrutura, com rede de água potável, pluvial e esgoto, energia elétrica e asfalto.
É um bairro predominantemente residencial no Setor Sul da cidade. Em 2000 ocupava uma área de 2,061 km² e sua população era estimada em 6.223 habitantes. É bem arborizado, indo desde a rodovia MG-455, que liga Uberlândia a Campo Florido até as margens do rio Uberabinha, seu berço.
Teve início na avenida Uirapuru, na parte baixa, com casas de classe alta, mas vários pequenos conjuntos habitacionais com casas mais simples aos poucos foram se fundindo, incorporando-se e determinando a classe média predominante.
O nome do bairro inicialmente seria Cidade Náutica, pela proximidade com o Praia Clube, mas Aldorando Dias soube que Uberlândia era apelidada em outros municípios de “Cidade Jardim”. Esse apelido deve-se ao governo de Eduardo Marquez, que foi prefeito de 1923 a 1926 e se preocupava muito com a parte estética da cidade construindo praças, deixando-as bastante floridas. Sua gestão ficou conhecida como “governo das flores”.
Parte das terras foi doada pelo loteamento para a construção da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do Núcleo Servos Maria de Nazaré e para a expansão do Praia Clube, que construiu uma portaria na ave-nida Uirapuru.
Entre as curiosidades do bairro, está o Observatório Astronômico de Uberlândia, construído pelo analista de sistemas Roberto Ferreira Silvestre, 61 anos, no terraço de sua casa.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jornal Uai Cultura

O Uai Cultura é um projeto interdisciplinar da faculdade de Jornalismo. Cada estudante assina e responsabiliza-se por sua página. Não queremos, em momento algum, nos auto-esteriotipar como profissionais. Apenas buscamos nosso espaço na aprendizagem acadêmica. Se há erros, e os há, que eles serviam de ensinamento e experiência adquirida. Vamos ao jornal.








































domingo, 20 de dezembro de 2009

A estética jornalística por um sentido mais profundo

A estética na comunicação trata não só da estrutura física e diagramação em jornais impressos, mas principalmente em um sentido muito mais profundo e filo-sófico, levando em consideração o conteúdo, tema, mensagem, meio e, é claro, a distribuição do texto na página. Partindo desse ponto de vista, não basta uma dia-gramação arrojada com um conteúdo textual pífio. A estética, então, estará prejudi-cada.
Gafes imensuráveis são cometidas a todo o momento no jornalismo, seja por falta de atenção, desconhecimento, pressa na finalização. As famosas “barrigas” são veiculadas, pondo jornais em posição vexatória. Erros gramaticais colaboram com o prejuízo estético, assim como redundâncias que beiram o tragicômico ou ainda, afirmações desmentidas dentro da própria oração.
Abaixo, seguem alguns exemplos:
• "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada a-no." - Jornal do Brasil –
• "Os sete artistas compõem um trio de talento.” - EXTRA
• "A vítima foi estrangulada a golpes de facão." - O DIA
• "No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos." - O DIA
• "Ela contraiu a doença na época que ainda estava viva." - JORNAL DO BRASIL
• "Parece que ela foi morta pelo seu assassino." - EXTRA
• "O aumento do desemprego foi de 0% em novembro." - O DIA
• "O cadáver foi encontrado morto dentro do carro." - O GLOBO
Percebe-se a desatenção em alguns casos, mas diversas “pérolas” são fruto do despreparo dos profissionais da comunicação. A estética, sendo a fusão da es-sência e do formato, fica profundamente maculada com um conteúdo marcado por erros, mesmo que mostre um visual atraente.
É fundamental o preparo, a elaboração, a revisão apurada para não com-prometer o individual e o coletivo, jornais e jornalistas, meio e público.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Palestra esclarece a atuação do Brasil em Forças de Paz


No Estágio de Correspondente em Conflitos Armados (ECAM), oferecido à estudantes de jornalismo das faculldades Católica, UFU e Unitri de Uberlândia no final de junho e início de julho deste ano, foi abordado o tema humanitário. O Brasil tem se destacado internacionalmente, com atuações nas forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) em diversos países. O major Cinelli foi o palestrante do tema Direito Internacional do Conflito Armado (DICA), ocorrida durante o ECAM, onde diferenciou quando um conflito armado é considerado lícito ou não.
De acordo com o major, uma guerra é lícita quando é feita em legítima defesa individual ou coletiva, luta dos povos contra a dominação colonial, ocupação militar estrangeira ou regimes racistas, ou ainda, em operações militares de paz autorizadas pelos órgãos internacionais competentes.
Há 5 anos o Brasil lidera a força de paz no Haiti, sendo fundamental para estabelecer a ordem no país. O 36° BIMtz também foi efetivo no Haiti. A questão histórica foi abordada, com Cinelli explicando as 4 gerações de guerra. A primeira geração seria a guerra de filas, onde os soldados se enfileiravam para lutar. A segunda, a guerra de trincheiras, como a Primeira Guerra Mundial. A terceira, os conflitos bélicos, como a Guerra do Golfo. A quarta e última geração, seria dos exércitos sem pátria, organizações terroristas como a Al-Qaeda.
Finalizando, o major destacou o trabalho da Cruz Vermelha no campo humanitário, fundada pelo suíco Henry Dunant, que percebeu a necessidade de ajuda humanitária em conflitos armados após presenciar a Batalha de Solferino. A história, é claro, dita os rumos do futuro.

domingo, 18 de outubro de 2009

Memphis Academy of Arts – MCA: Uma análise sobre a escola de Mênfis



A Memphis College of Art é uma escola superior de artes e design fundada em 1936, situada na cidade de Mênfis, estado do Tennessee, Estados Unidos da América. Tem, em anexo, o Memphis Brooks Museum of Art.
É uma escola pequena por opção com apenas alunos em média por ano, sem fins lucrativos, com programas abertos ao público através do museu, além de aulas para crianças, palestras e exposições.



A faculdade oferece bacharelado e mestrado nas áreas de artes plásticas, publicidade, design gráfico, design têxtil, design interativo e digital. Os alunos vivem no campus da faculdade e têm liberdade para decorar seus quartos, praticando fora das salas os conceitos aprendidos usando a criatividade.
Durante o ano letivo, há expedições para a Horn Island, uma ilha onde os alunos ficam acampados se inspirando e produzindo suas obras, como essa tela de estilo pop, onde o personagem da Disney, Pato Donald, está surfando em uma onda.



A tradição da escola é não seguir tradições. O impulso que se dá aos alunos é se produzir material moderno e contemporâneo, quebrando estruturas tradicionalistas e apostando na criatividade, criando e inovando, usando cores fortes e estilo de desenho livre.
Não é à toa que a área de computação tem ganhado força. O design gráfico faz parte da grade da escola superior na graduação e na pós-graduação. A informática é a realidade do mundo globalizado e não se usa mais a tela de um computador monocromática.



Devido ao novo e moderno, não existe uma regra ou um estilo ensinado no MCA. Brincar com cores fortes e vibrantes parece ser uma coincidência, um padrão não exigido, mas ainda assim, um padrão. Algumas pinturas lembram gibis americanos ou mangás japoneses. Outros desenhos mostram movimento e brilho com em um show de rock.
O que a escola propõe não é simplesmente ensinar as técnicas artísticas, mas também criar um pensamento analítico e crítico sob todos os aspectos. É a formação do artista no sentido físico e filosófico.

Festival Anima Uberlândia

Prestigiem o festival!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Novas Cruzadas - Faculdade Católica de Uberlândia

Alunos dos cursos de Jornalismo da Faculdade Católica, UFU e Unitri participaram do Estágio de Correspondentes de Assuntos Militares (ECAM) em Uberlândia-MG. O curso aconteceu entre os dias 29 de junho e 07 de julho de 2009 e foi conduzido pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Os estudantes foram contemplados com palestras e atividades práticas relacionadas às funções e rotinas do Exército Brasileiro, simulação de conflito armado e atividades jornalísticas num cenário de guerra.

Confira a reportagem produzida pelos estudantes do curso de Jornalismo da Faculdade Católica de Uberlândia durante o ECAM.


A hora da boia


depois da boia até encarei o Fuzil de Ar Comprimido (FAC)



Não era piquenique, mas tinha fogueira e boa comida à sombra das árvores

Por Ronaldo Pedroso

Comer para viver ou viver para comer? Essa é a pergunta muitas vezes repetidas por pessoas que seguem regimes na tentativa de equilibrar o peso e a saúde. Mas definitivamente não é o caso do exército.
Durante o Estágio de Correspondente em Conflitos Armados (ECAM), promovido pelo Exército Brasileiro, os alunos do curso de Jornalismo da Faculdade Católica de Uberlândia provaram e aprovaram a ração servida aos combatentes. Pela primeira vez preparei minha própria refeição sem queimar ou “salgar” demais.
O kit com a alimentação é desidratado e nos coube simplesmente acrescentar água e por ao fogo (aceso com uma pastilha de álcool em gel que acompanha o kit). E a grata surpresa, como já dito, foi a aprovação unânime do cardápio, que tinha duas opções: arroz de carreteiro e galinhada.
A experiência oferecida foi ímpar e merecida, diga-se de passagem, para nos revitalizar de uma manhã cansativa devido às práticas em campo, e uma tarde que prometia (e de fato foi) ser repleta de atividades nem um pouco convencionais para os meios acadêmicos.
Podendo me dar ao luxo de recusar a sobremesa (sim senhor, tinha sobremesa), comemos em um acampamento erguido pelos soldados e simulamos as mesmas condições de uma selva. Sem moleza na preparação, mas com muita praticidade.
E detalhe importantíssimo no final: limpar todos os restos para não deixar “vestígios para o inimigo”.

sábado, 10 de outubro de 2009

A modernização dos fanzines



Como forma de cultura escrita, o fanzine traz diversos formatos, mas sempre com um tipo de abordagem que fez dessas publicações especiais e únicas a cada edição: a independência.
O termo fanzine vem de fanatic magazine, que teria uma livre tradução de “revista feita por fã”. Começou com um movimento extremamente amador, que ainda continua em voga, mas levou algumas publicações a se profissionalizar e ocupar espaço no mercado.
No Brasil, é considerada fanzine toda publicação independente, sem víncu-los editoriais, mesmo que feita por profissionais.
Este trabalho foi concebido a partir de pesquisas na internet através de sites, blogues e artigos e tratará, de forma sucinta, da migração dos fanzines da mídia impressa para a mídia virtual.

Aspectos e formatos

Apesar do termo magazine se referir especificamente a revistas, os formatos vão desde um simples folder, passando ao formato de periódicos (standart, tablóide, etc.), sem esquecer obviamente do formato mais comum, o de revistas e gibis.
A independência em relação às editoras faz com que os temas sejam quase sempre polêmicos, com visões críticas, e até mesmo irreverentes, dos fatos abordados sem se preocupar com o “politicamente correto”.
Não havendo ligação direta com as grandes editoras, existe também a liber-dade do traço, com a diagramação mais elaborada, fazendo da programação visual um apelo indissociável do produto. Cores rebuscadas, fotos, desenhos, quadrinhos, charges são ferramentas comumente encontradas nos fanzines.
Com a ascensão da internet, um novo modelo de fanzine foi criado e difun-dido pela rede. Esse tipo de mídia eletrônica trouxe inovações nos sites e blogues, dependendo cada vez menos das grandes corporações editoriais.
O modelo “revista eletrônica” é mais comercial, mas utilizado com mais pro-priedade de fanzine nos canais fechados de TV por assinatura.

Exemplos

A revista Casseta Popular é um exemplo de fanzine que rendeu frutos aos seus editores, assim como o jornal Planeta Diário. Juntos, os editores desses dois fanzines formaram o grupo Casseta e Planeta, tendo um programa de comédia se-manal exibido na Rede Globo. É novamente a migração e a modernização do veículo de comunicação, neste caso a televisão.



Comércio

Com a disseminação desse tipo de comunicação, um enorme filão encontrou espaço nos fanzines: a música. Inúmeras bandas são inspiradoras de fanzines que divulgam seus shows, músicas e curiosidades. Apesar de não estarem diretamente ligados à publicação desses fanzines, os artistas são favorecidos por essa nova “arma mercadológica”.
A internet também se utiliza dessa variação e põe a venda produtos ligados ou não ao que se publica. Com isso, é gerada receita para inúmeras frentes de tra-balho informal nesse veículo democrático que é a web. Outra maneira de subsistência é a doação efetuada por quem acompanha essas páginas na rede.

Conclusão

Os fanzines estão migrando para a internet, onde existe a liberdade neces-sária para o seu conteúdo. Estão também se aperfeiçoando, criando inovações por pessoas quase sempre autoditadas, porém criativas e com muitos recursos gráficos, já que quase tudo sobre a rede se aprende nela própria.
O jeito despojado não é exclusivo da garotada, mas é mais acolhido pelos jovens. E os “dinossauros” se recriam e se reinventam, revigorando sempre esse segmento da comunicação que nunca envelhece.

domingo, 4 de outubro de 2009

Estética no jornalismo impresso na era da internet


O conceito filosófico de estética é bem mais amplo do que identificar o belo. A vida, no campo metafísico, seria, de acordo com o filósofo grego Platão, o resultado da proporção, da harmonia e da união, que levaria ao ideal. O belo, portanto, está na essência, e não na forma física.
Se na alisarmos os rumos do jornalismo impresso, veremos que a forma física é simplesmente o retrato da sua essência. Antes, uma escrita mais aristocrática e sem apelo visual. Agora, um texto mais enxuto com um design mais arrojado.
É a época da internet, onde grandes somas de dinheiro são investidas na modificação visual do produto final. Resultado da essência modificada dos jornais. Essa mudança começou gradativa na Europa e acelerou-se, espalhando-se pelo restante do planeta. Cada país, com a sua regionalidade específica, fez adaptações. Mas todos seguindo, em maior ou menor grau, uma tendência.
Para muitos veículos impressos, o investimento inicial astronômico apenas freiou uma queda acentuada nas vendas, o que poderia, na visão de muitos, finalizar com a derrocada do jornal impresso. No afã de conseguir salvar seus negócios (sim, o jornalismo do final do século XX e início do século XXI virou negócio), foi feito o investimento, mas não foi feito o planejamento ou planejou-se equivocadamente.
A tentativa de dar uma nova cara ao jornal impresso está intrinsecamente ligada à mudança da essência. Um jornal nasce, mas pode modificar-se, escolhendo uma nova visão, um novo público-alvo. Ele deve ser mutante, dinâmico, se adaptar às novas realidades. E o planejamento gráfico tem de refletir essa mudança. Se ele não for correto, o jornal está fadado ao fracasso de seus objetivos. Então, a mudança externa não terá refletido a mudança da essência.
Com a aplicação de novas tecnologias, essa mudança, que antes era gradual, agora pode ser muito mais rápida. Não se pode dar ao luxo de continuar na velocidade de duas décadas atrás. Em linguagem popular: mexeu, não deu certo, mexa de novo. E rápido! Deve-se achar o produto final da estética atrvés da sua essência, o ideal filosófico, assunto para outro artigo. Isso pode demorar, mas é o grande desafio do jornalismo impresso do futuro.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

DESENCANNES.COM

A mídia alternativa tem algumas características próprias que a fazem fugir do comum, do usual. Ela pode ter um tom politizado ou cômico, que seria a linguagem diferenciada da mídia de massa, pode usar um veículo pouco convencional para os padrões comerciais, entre outros fatores que a diferenciam dos demais.
O site da internet www.desencannes.com usa uma linguagem extrovertida e apresenta um conteúdo sem amarras coma realidade. De acordo com os seus criadores Marcel Ares, Victor Marx e Eduardo Dencker, a página na internet tem como objetivo mostrar as “pérolas” da publicidade, ou seja, as idéias absurdas que não foram aprovadas para a veiculação na mídia.
Veja como eles se auto-denominam. A linguagem é leve e descontraída e o conteúdo sarcástico:

Marcel Ares
Redator e ex-aspirante a assistente de arte por opção, nunca perdeu no Winning Eleven. Corintiano maloqueiro sofredor, usou seu poder de argumentação e convenceu o Eduardo a torcer pelo Todo Poderoso. Obrigado.


Victor Marx
Redator por hobby (ainda bem!) e planejamento de profissão, Victor também é professor universitário (imagine o que ele ensina para seus alunos). Portando, cuidado com os estagiários que surgirem das mãos dele daqui para frente. Locutor bem amador, seu maior sonho de consumo é um carro forte com o “tanque” cheio.

Eduardo Dencker
Eu fiz tudo sozinho, não acredite nos outros dois.


Na verdade, o sítio é parte de um laboratório acadêmico, voltado para estudantes de comunicação (em especial publicitários) e aberto a todos que têm bom humor. Sendo um laboratório, não há uma equipe profissional por trás do site, sendo os próprios Ares, Marx e Dencker os responsáveis pelo conteúdo, o que não gera custos de produção a não ser a hospedagem do sítio.
No site há vídeos, áudios e imagens de propagandas que supostamente teri-am sido criadas para o rádio, a TV, mídia impressa e internet. Os criadores recebem apoio de colaboradores, que propõem “pérolas” para a atualização do conteúdo.
É um site leve, que brinca com a publicidade e faz menção ao Festival de Cinema de Cannes. Uma mídia alternativa pela sua linguagem e conteúdo.

Pérolas




domingo, 27 de setembro de 2009

MG Transplantes realiza a Semana do Doador


Muitas pessoas necessitam de transplantes de órgãos para melhorar a sua qualidade de vida ou até mesmo para sobreviver. Apesar dos esforços Ministério da Saúde, a fila à espera de um órgão para transplante ainda é longa.
É nesse quadro que, em Uberlândia, o MG Transplantes, responsável pela captação de órgãos, promove a Semana do Doador, iniciada no último domingo, dia 20, terminando neste domingo, dia 27, o Dia Nacional do Doador.
Para quebrar receios e preconceitos, o MG Transplantes reforça a campanha permanente de doação de órgãos na cidade com diversas palestras e exposição intensiva na mídia a fim de conscientizar a população sobre a importância de salvar outras vidas.
Segundo a coordenadora do MG Transplantes regional oeste, Dra. Rita de Cássia Pinto, muitos doadores em potencial não chegam a ter o seu desejo atendido por desconhecimento ou discordância da família. “A pessoa que quer doar tem que informar a família sobre a sua decisão”, enfatiza a médica.
A expectativa do MG transplantes é de que, com a intensificação da campanha de doação, mais pessoas divulguem e apóiem a causa, tornando-se doadores e passando a idéia adiante.

Renascimento

Quem recebe um órgão tem sua vida refeita. Depois do transplante, várias pessoas vêm à mídia para reforçar o coro das campanhas de doação. É o caso de Wilson de Moura, que recebeu um rim há quatro anos.
“Antes do transplante, a vida era muito difícil, eu não tinha disposição nenhuma pra sair de casa, até comer era complicado, além disso, três vezes por semana eu precisava vir até Santa Maria para fazer hemodiálise”, disse Wilson em depoimento no site da Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos e Tecidos (CIHCOT) do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), no estado do Rio Grande do Sul.
Uberlândia faz a captação de outros órgãos, mas a maioria é feita mesmo na capital mineira, Belo Horizonte. De acordo com a classe médica, a descentralização ajudaria a quem precisa de transplantes. Algo a ser buscado, em nome das pessoas à espera de um órgão.