sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Agradecendo e Retribuindo

Raffer Miranda, com o seu blog http://opaseobas.zip.net/ está nos dando a maior força na divulgação do Alternativa.

Agradecemos e retribuimos a gentileza. Uma mão lava a outra e as duas lavam a bunda! rsrsr.

Visitem o opas e obas!!!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

CULTURA CIGANA


Feiticeiros, andarilhos, artistas... Quem são os ciganos? Qual é a sua origem? Para onde caminham? Quais os seus costumes? Tais respostas estão neste texto, demonstrando o quanto o povo cigano é rico em sua cultura.
O grande lema do Povo Cigano é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre.
Muitos talvez nem imaginem que esse povo começou a imigrar da Índia por volta do século 16 a.C., mas, como uma cultura em constante fuga ao controle da história, existem mais versões do que fatos concretos.
Apesar de não terem uma pátria, eles formam uma etnia, pois têm uma unidade lingüística o romanês, que é a língua do povo cigano. Este dialeto pertence ao ramo indo-ariano proveniente do grupo lingüístico indo-europeu do norte da Índia e do Paquistão, tais como o sânscrito, o prátcrito, o maharate e o punjabi.
Antigamente era muito respeitado o período da gravidez das ciganas e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos.
No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas. A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização.
Na religião, Santa Sara Kali é a padroeira dos ciganos, uma escrava que venceu os mares. Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões. Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. A festa à santa é comemorada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.
Os ciganos permaneceram muito tempo no Oriente antes de se espalharem pela Europa; assim a influência trazida do Oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.
O nascimento de uma criança cigana é motivo de grande festa que se estende por dois ou três dias. Cada criança cigana que nasce é uma esperança na continuidade da cultura desse povo. A realização do ritual para escolher o nome da criança começa no momento da primeira mamada, quando a mãe fala em seu ouvido de forma que apenas a criança escute o seu nome secreto. Com isso a criança só fica sabendo deste nome no dia do próprio casamento. Mais tarde nos festejos, a criança recebe o segundo nome que é para ser usado e conhecido entre eles.
Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte. Eles oferecem uma cerimônia chamada “Pomana” com água, flores, frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas da Terra.
Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza, pois para o cigano a vida é uma festa. É um povo cheio de energia, são tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade.

Elaborado por:

BRUNO RESENDE DA SILVA
KARINE PAULA DE CARVALHO
LÍDIA NAYARA LOPES VILELA
THAÍS OLIVEIRA DE MEDEIROS

Estudantes de Jornalismo da Faculdade Católica de Uberlândia

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Cultura Sexual


Antiguidade


A condenação da prática sexual surgiu com o apogeu do sistema patriarcal e a derrocada do sistema matriarcal, por volta de 5000 anos atrás, restringindo-se, no início, somente às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade.

Na Grécia antiga, o prazer sexual somente era desfrutado pelos homens, que usufruíam dos mais jovens (efebos), aos quais eram protegidos e ensinados. Estes mesmos jovens, quando mais velhos, exerciam a mesma repressão sobre os mais jovens, e assim, davam continuidade à tradição.

As mulheres eram divididas em:

a) Esposas: eram dominadas pelos maridos e somente chegavam ao ato sexual para a reprodução;

b) Concubinas: mulheres independentes, com as quais os homens tinham mais cumplicidade e conversavam;

c) Cortesãs: profissionais do sexo da época, ou seja, usadas para dar prazer em troca de favores ou mesmo dinheiro.

Também na Antiguidade há relatos sobre a homossexualidade. È o que veremos a seguir.


Homossexualidade


O termo homossexualidade deriva do grego homos, que significa “igual”, tendo sido criado, em 1869, pelo escritor e jornalista austro-húngaro Karl-Maria Kertbeny. Entretanto, há relatos e figuras que insinuam a relação entre pessoas do mesmo sexo desde a Antiguidade, incluindo relatos bíblicos (Samuel 18:1; Samuel 18:2; Samuel 20:41; Samuel 1:26)

e Jônatas o amou, como à sua própria alma"

"E Saul naquele dia o tomou, e não lhe permitiu que voltasse para casa de seu pai. 3 E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. 4 E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto."

"E, indo-se o moço, levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito mais."

"Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres."

Em 1870, a homossexualidade foi descrito como um desvio sexual, uma inversão entre masculino e feminino, no texto "As Sensações Sexuais Contrárias", porém no século XX deixou de ser encarado como “doença” e começou a quebrar as barreiras do preconceito, principalmente depois de do incidente em “Stonewall”, que se tornou um marco na luta contra a homofobia.


Stonewall


A noite de 28 de junho de 1969 ficou na história como o marco do movimento GLS mundial. Stonewall Inn, um bar gay de Nova York, vinha sendo alvo de batidas policiais com a justificativa de buscar por drogas, licença expirada, e quase que invariavelmente, levava travestis presos sem maiores justificativas.

No entanto, na noite citada, os freqüentadores do bar (homens e mulheres homossexuais) se revoltaram contra a polícia e não saíram do local, em protesto à prisão dos travestis que também freqüentavam o Stonewall. Houve confronto direto, barricadas e fogo, durante as 3 noites que seguiram ao 28 de junho.

Hoje, na data, é comemorado o Dia Internacional do Orgulho Gay, com paradas gays em todo o mundo e também no Brasil.

Nóis na Fita - Leadro e Marcius

POEMA

Urbana Vida - Ronaldo Pedroso

O tempo passa e nada muda

Fico aqui sentado numa.

A luz da TV ofusca meus olhos

Nela passa um programa banal.

Os letreiros de neon piscam

E transformam a cidade num imenso parque.

Da minha janela vejo as ruas

Ouço as sirenes gritando aflitas.

Em becos escuros, escondem-se

E são achadas, as vítimas.

A beleza também se esconde

Atrás da imensa cortina de fumaça.

Meu pensamento voa e vê

Por entre as nuvens brancas

A sensibilidade de um poeta que esprime,

Em um único toque, todo o esplendor da vida.

Liberdade não existe nas imensas torres

Que compõem este cenário gótico.

Por que pensar, por que sorrir, por que amar?...

O círculo se completa e volto ao início:

- Por que não me queres?

24-04-92

A arte da luta e a luta da arte

Quem afirma que luta é arte, talvez não imagine que lutar pela arte seja duplamente artístico; há de ser artista por ela própria, e artista para vencer as barreiras que se impõem por todo o caminho para expô-la, seja literatura, dança, interpretação, plásticas e tantas outras formas e nuances artísticas.

Saliento a luta pela arte, pois há muito já sonhávamos (nós, frutalenses amantes das artes) em ver pronta a Casa da Cultura de Frutal, e lutávamos sim, pela divulgação, pelo apoio, pela inserção artística nas veias de nossa gente.

Muito já se falou da inauguração da Casa da Cultura no antigo Paço Municipal, mas eu não poderia, apesar de correr seríssimo risco de estar sendo redundante, de expressar meu contentamento e contar minha experiência vivida. E não poderia deixar de relatar toda a luta de uma geração.

Era lançada em maio de 1991 a primeira de seis edições do Jornal Pró-Cultural Alternativa, na verdade um tablóide sem fins lucrativos, que nascia da continuação de uma coluna escrita por mim, com o mesmo nome “Alternativa” em outro jornal pró-cultural: o Engenho e Arte. Era início de um tempo que prometia muito, pois o fim de anos de repressões acabara na década anterior, a de 80, e toda a movimentação artística que fôra degolada no regime militar abundou após a ditadura, trazendo à tona Cazuza, Russo e cia. Ltda. Almejávamos viver tudo o que a geração anterior à nossa não pôde. Lutávamos para difundir a arte e a cultura, talvez até por medo de que a geração anos 90 se alienasse e não desse o real valor a toda àquela liberdade de expressão que fôra conquistada a duras penas por outros antes de nós.

Na ânsia de ver nossos sonhos e metas se realizarem, alguns de nós até se excederam, como em reuniões da Câmara dos Vereadores, ainda na antiga Prefeitura, atacando o Legislativo e o Executivo na Tribuna Livre, por não criarem a Casa da Cultura de acordo com a nossa pressa e de acordo com a real necessidade da cidade. Pressa faz parte da juventude!

Mas a verdade é que tanto o Engenho e Arte quanto o Alternativa vieram para cobrar sim, mas também para inspirar, chacoalhar, movimentar a juventude frutalense. João Cerino, Rogério Basso, Ionei José e Kelly Cristina foram meus companheiros nessa luta pelas edições do Alternativa que, apesar de vida curta, rendeu bons frutos, como a criação do grupo Contato que promoveu uma exposição de artes no salão paroquial da Igreja Matriz com a participação de diversos artistas. Hoje, temos um espaço adequado para exposições fixas e temáticas que poderão vir a acontecer com uma boa administração do local.

Fica aí o meu registro, com uma certa dose de inveja de quem já visitou e conheceu a Casa da Cultura e com satisfação de saber que a nossa luta não foi em vão; que apesar da demora, um projeto que começou na gestão do ex-prefeito Toninho Heitor que também sonhava com isso, finalmente terminou na gestão da prefeita Ciça, com a secretária Zulmira. E vida longa a arte e cultura frutalenses!

Ronaldo Pedroso

Aldeia global de Herbert Marshall McLuhan

Aldeia global quer dizer simplesmente que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia, ou seja, a possibilidade de se intercomunicar diretamente com qualquer pessoa que nela vive”. (WIKIPÉDIA, 2008).

Esse conceito é um paradigma, já que McLuhan elegeu a televisão como o meio de comunicação de massa que melhor exemplificaria a teoria, já que a forma de comunicação em uma aldeia é entre dois indivíduos, ou seja, bidirecional. Com a modernização e o crescimento tecnológico, o conceito começa a se concretizar com a ascensão do telefone celular e da internet, que interliga o mundo inteiro.

O diretor Alejandro González abordou o tema no filme Babel[1], onde são contadas três histórias diferentes, porém todas interligadas, mostrando como um fato, aparentemente isolado, pode interferir do outro lado do mundo, graças à globalização. Metaforicamente, um mundo falando várias línguas, com seus povos interligados entre si, porém sem saberem se comunicar, mesmo com todas as condições para tal.

De acordo com a Wikipédia (2008)

O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, fruto da evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação (vulgo TIC), particularmente da World Wide Web, diminuidoras das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma consciência global interplanetária, pelo menos em teoria.

De acordo com McLuhan, essa profunda interligação causaria uma enorme rede ou teia de dependências entre todas as regiões do globo originaria uma poderosa teia de dependências mútuas e, desse modo, promoveria a solidariedade e a luta pelos mesmos ideais. Porém, essa dependência provou não ser saudável, como já se vê na economia, quando uma quebra nos setores bancário e imobiliário dos Estados Unidos, coração econômico do planeta, causa uma imensa leva de crises em outros países. Exemplificando, esse mesmo efeito dominó se vê com o problema do gás na Bolívia ou com periódicas crises financeiras nos Tigres Asiáticos.

Na verdade, esse fenômeno já se evidenciava através da teoria do Efeito Borboleta, parte da complicada Teoria do Caos[2], onde um acontecimento em determinada parte do mundo, por mais que pareça aleatório, tem efeitos a uma escala global, como mostra, por exemplo, as flutuações dos mercados financeiros mundiais.

Símbolo da teoria do caos

Para muitos críticos de sua obra, a Aldeia Global trata-se mais de um conceito filosófico e utópico do que real, devido ao seu caráter humanista e comunitário.

A idéia de ter a comunicação como forma de aproximar as pessoas e estreitar as relações não se compatibiliza com a sociedade capitalista comtemporânea. Além disso, a inclusão digital mundial é uma verdade muito longe de ser alcançada, mesmo que não seja impossível. Percebe-se essa dificuldade principalmente nos países do Terceiro Mundo ou, ainda, em países com regimes totalitários, onde a liberdade de expressão ainda é um sonho inalcançável.



[1] Uma enorme torre, construída pelos descendentes de Noé, com milhares de tijolos empilhados, colando-os uns sobre os outros, com betume, para fazer com que um dia o seu ápice penetrasse nos céus. Provavelmente sua intenção era agradecer à divindade por terem escapado ao grande dilúvio. Mas, conta-se na Bíblia, não foi assim que Jeová entendeu. Não viu aquele colosso se erguer no meio do nada como um possível agrado a ele, mas sim como prova da soberba dos homens. Queriam rivalizar-se com Ele. Resolveu intervir. Desceu em meio aos construtores e num gesto Dele todos começaram a dizer palavras em línguas diferentes. Ninguém mais se entendeu (SCHILLING, 2008).

[2] Teoria criada pelo meteorologista Edward Lorenz, em 1960, que estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer, com fatos aleatórios, pode ter conseqüências no futuro. A teoria tem várias aplicações para a física, matemática, meteorologia, finanças. Ou, como a questão que titula seu artigo em 1979: "Previsibilidade: pode o bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadear um tornado no Texas?"

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sempre mais do mesmo...

Um sonho de adolescente que virou ideal, que virou jornal, que virou hobby, que virou estudo acadêmico (comunicação social), que virará profissão e que, agora, virou blog.

Pelo mundo virtual, o Alternativa, antes um tablóide estudantil pró-cultural, ressurge das cinzas como a Fênix da mitologia. Música, moda, filmes, teatro, dança, pintura, escultura, poemas, livros, contos, enfim, todo tipo de arte tem seu espaço reservado aqui.

Também há espaço para política, filosofia, história, sem a pretensão de fechar questões, mas sim, com o intuito de abrir essas questões e expor as idéias democraticamente.

Bem-vindos ao mundo do Pró-Cultura Alternativa!