sábado, 10 de outubro de 2009

A modernização dos fanzines



Como forma de cultura escrita, o fanzine traz diversos formatos, mas sempre com um tipo de abordagem que fez dessas publicações especiais e únicas a cada edição: a independência.
O termo fanzine vem de fanatic magazine, que teria uma livre tradução de “revista feita por fã”. Começou com um movimento extremamente amador, que ainda continua em voga, mas levou algumas publicações a se profissionalizar e ocupar espaço no mercado.
No Brasil, é considerada fanzine toda publicação independente, sem víncu-los editoriais, mesmo que feita por profissionais.
Este trabalho foi concebido a partir de pesquisas na internet através de sites, blogues e artigos e tratará, de forma sucinta, da migração dos fanzines da mídia impressa para a mídia virtual.

Aspectos e formatos

Apesar do termo magazine se referir especificamente a revistas, os formatos vão desde um simples folder, passando ao formato de periódicos (standart, tablóide, etc.), sem esquecer obviamente do formato mais comum, o de revistas e gibis.
A independência em relação às editoras faz com que os temas sejam quase sempre polêmicos, com visões críticas, e até mesmo irreverentes, dos fatos abordados sem se preocupar com o “politicamente correto”.
Não havendo ligação direta com as grandes editoras, existe também a liber-dade do traço, com a diagramação mais elaborada, fazendo da programação visual um apelo indissociável do produto. Cores rebuscadas, fotos, desenhos, quadrinhos, charges são ferramentas comumente encontradas nos fanzines.
Com a ascensão da internet, um novo modelo de fanzine foi criado e difun-dido pela rede. Esse tipo de mídia eletrônica trouxe inovações nos sites e blogues, dependendo cada vez menos das grandes corporações editoriais.
O modelo “revista eletrônica” é mais comercial, mas utilizado com mais pro-priedade de fanzine nos canais fechados de TV por assinatura.

Exemplos

A revista Casseta Popular é um exemplo de fanzine que rendeu frutos aos seus editores, assim como o jornal Planeta Diário. Juntos, os editores desses dois fanzines formaram o grupo Casseta e Planeta, tendo um programa de comédia se-manal exibido na Rede Globo. É novamente a migração e a modernização do veículo de comunicação, neste caso a televisão.



Comércio

Com a disseminação desse tipo de comunicação, um enorme filão encontrou espaço nos fanzines: a música. Inúmeras bandas são inspiradoras de fanzines que divulgam seus shows, músicas e curiosidades. Apesar de não estarem diretamente ligados à publicação desses fanzines, os artistas são favorecidos por essa nova “arma mercadológica”.
A internet também se utiliza dessa variação e põe a venda produtos ligados ou não ao que se publica. Com isso, é gerada receita para inúmeras frentes de tra-balho informal nesse veículo democrático que é a web. Outra maneira de subsistência é a doação efetuada por quem acompanha essas páginas na rede.

Conclusão

Os fanzines estão migrando para a internet, onde existe a liberdade neces-sária para o seu conteúdo. Estão também se aperfeiçoando, criando inovações por pessoas quase sempre autoditadas, porém criativas e com muitos recursos gráficos, já que quase tudo sobre a rede se aprende nela própria.
O jeito despojado não é exclusivo da garotada, mas é mais acolhido pelos jovens. E os “dinossauros” se recriam e se reinventam, revigorando sempre esse segmento da comunicação que nunca envelhece.

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