sexta-feira, 19 de março de 2010

“Ói Nóis Aqui Traveiz” se apresenta em Uberlândia


A peça conta a história do revolucionário Carlos Marighella, protagonista na luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar


Por Alitéia Milagre (release da Comunicação PMU)


No dia 5 de abril, a Praça Clarimundo Carneiro será palco para apresentação do espetáculo “O Amargo Santo da Purificação – Uma Visão Alegórica e Barroca da Vida, Paixão e Morte do Revolucionário Carlos Marighella”. A peça prevista para as 16h é uma criação coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz de Porto Alegre (RS) para Teatro de Rua. A apresentação conta com o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Além de Uberlândia, o Projeto, selecionado pelo Programa BR de Cultura 2009/2010, abrangerá as cidades de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, São Paulo, Campinas, São José do Rio Preto, Belo Horizonte e Ipatinga.

O Projeto “O Amargo Santo da Purificação”, valoriza e difunde as manifestações culturais brasileiras, e amplia as opções de lazer e cultura do público em geral das cidades que fazem parte do circuito.

Em Uberlândia o Projeto tem o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia e Trupe de Truões, do Coletivo Teatro da Margem.



Carlos Marighella




O revolucionário brasileiro Carlos Marighella viveu e morreu durante períodos críticos da história contemporânea do País, sendo protagonista na luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar. A encenação coletiva para Teatro de Rua conta a história de um herói popular que os setores dominantes tentaram banir da cena nacional durante décadas. Na sequência de cenas o público assiste momentos importantes desta trajetória: origens na Bahia, juventude, poesia, ditadura do Estado Novo, resistência, prisão, Democracia, Constituinte, clandestinidade, Ditadura Militar, luta armada, morte em emboscada e o resgate histórico, buscando um retrato humano do que foi o Brasil no século XX.

É uma história de firmeza em todas as convicções. Marighella não abdicou ao direito de sonhar com um mundo livre de todas as opressões. Viveu, lutou e morreu por esse sonho.

Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do ritual com o teatro dança. Através de uma estética “glauberiana”, o Ói Nóis Aqui Traveiz traz para as ruas das cidades uma abordagem épica das aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro



Ói Nóis Aqui Traveiz



A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978 com uma proposta centrada no contato direto entre atores e espectadores, transcendendo a clássica divisão palco/platéia. O grupo desenvolve um trabalho contínuo de pesquisa em relação à linguagem cênica e ao processo criativo do ator. A história da Tribo sempre se pautou pela afirmação da diferença, da independência em relação ao mercado e às estruturas de poder, com encenações caracterizadas pela ousadia e liberdade criativa.

As suas três principais vertentes são: o Teatro de Rua, nascido das manifestações políticas - de linguagem popular e intervenção direta no cotidiano da cidade - o Teatro de Vivência, no sentido de experiência partilhada, em que o espectador torna-se participante da cena – e o trabalho Artístico Pedagógico, desenvolvido junto à comunidade local. Espetáculos premiados pela crítica: “Aos Que Virão Depois de Nós Kassandra In Process”, “A Missão Lembrança de Uma Revolução”, “A Saga de Canudos”, “A Exceção e a Regra”, “Antígona Ritos de Paixão e Morte”, entre outros.

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